Tufão Kalmaegi provoca destruição e evacuações nas Filipinas
- Fabio Sanches

- 4 de nov.
- 2 min de leitura

O tufão Kalmaegi atingiu em cheio as Filipinas na noite de segunda-feira (3), trazendo chuvas torrenciais, ventos acima de 180 km/h e forçando milhares de moradores a deixarem suas casas. O fenômeno tropical tocou terra na região central do arquipélago, passando pelas províncias de Samar, Leyte e Albay, áreas historicamente vulneráveis a tempestades tropicais.
De acordo com o Serviço Meteorológico Filipino (PAGASA), o Kalmaegi é o tufão mais intenso de 2025 a atingir o país até agora. As autoridades declararam estado de calamidade em pelo menos cinco províncias, e o governo iniciou evacuações preventivas em zonas costeiras devido ao risco de inundações e deslizamentos de terra.
Destruição e esforços de resgate
Imagens compartilhadas nas redes sociais mostram ruas alagadas, postes derrubados e barcos virados ao longo das cidades costeiras. Em Manila, a capital, escolas e repartições públicas suspenderam as atividades, enquanto equipes de resgate trabalham em condições adversas para alcançar comunidades isoladas.
O Exército Filipino e a Cruz Vermelha Internacional já mobilizaram equipes de resposta rápida, com distribuição de mantimentos, kits de higiene e abrigos temporários. O porta-voz do governo, Antonio Lagdameo Jr., informou que “a prioridade neste momento é salvar vidas e garantir o acesso a alimentos e água potável nas áreas atingidas”.
Risco de novos desastres
Meteorologistas alertam que o Kalmaegi pode se intensificar novamente ao retornar ao mar das Filipinas, antes de seguir em direção a Taiwan e ao sul do Japão. O fenômeno deve continuar provocando fortes chuvas até o fim da semana, o que mantém o risco de inundações e deslizamentos.
O país, que enfrenta em média 20 tufões por ano, sofre cada vez mais com os efeitos das mudanças climáticas globais, que aumentam a frequência e a intensidade de eventos extremos.
Apoio internacional e solidariedade
O governo filipino já recebeu ofertas de ajuda humanitária de países vizinhos, como Japão, Austrália e Estados Unidos. A ONU, por meio de seu escritório de resposta a emergências, afirmou estar “em contato permanente com as autoridades locais” e pronta para coordenar apoio logístico e médico caso a situação se agrave.
Enquanto o país lida com os estragos, o presidente Ferdinand Marcos Jr. pediu união e solidariedade nacional:
“Os filipinos sempre enfrentaram os desastres com coragem e esperança. Vamos reconstruir o que foi destruído e apoiar os que mais precisam.”
Contexto climático
Nos últimos anos, o Sudeste Asiático tem se tornado um dos pontos mais críticos do planeta em termos de vulnerabilidade climática. Especialistas apontam que o aumento da temperatura dos oceanos tem tornado os tufões mais violentos e imprevisíveis, o que exige investimentos em prevenção e infraestrutura resiliente.
Fonte: Al Jazeera / CNN / PAGASA / Reuters

















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