Selic mantida em 15%: estabilidade ou paralisia econômica?

O Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros (Selic) em 15% ao ano, pela terceira vez consecutiva. A justificativa é o cenário de incertezas externas e o risco de desaceleração do crescimento global. Mas a decisão reacende um debate interno: essa “estabilidade” é realmente sinal de controle — ou de estagnação?

Com juros tão altos, o crédito continua inacessível, o consumo retraído e o pequeno empreendedor sufocado. A política monetária do BC busca conter a inflação, mas seu efeito colateral é travar a roda da economia real — aquela que paga contas, gera empregos e sustenta famílias.

Enquanto o mercado financeiro aplaude o “equilíbrio”, milhões de brasileiros seguem lutando com orçamentos apertados. A Selic pode estar estável, mas a vida do trabalhador está longe disso. Mais do que números, é preciso sensibilidade: economia saudável é aquela que faz o país se mover — não apenas as planilhas.