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Prender o chefe não basta: o crime é organizado, e a hierarquia continua funcionando

  • Foto do escritor: Fabio Sanches
    Fabio Sanches
  • 9 de nov.
  • 2 min de leitura
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O presidente Lula afirmou que o foco do governo deve ser nos “cabeças” das facções criminosas. Ele defendeu a aprovação do projeto de lei que endurece penas a integrantes e líderes de facções.

"Com mais inteligência, integração entre as forças de segurança e foco nos cabeças do crime - quem financia e comanda as facções", escreveu o presidente em uma postagem na plataforma X.

Desde 2023, segundo Lula, as ações capitaneadas pelo governo federal retiraram R$ 19,8 bilhões das mãos de criminosos, no que chamou de "maior prejuízo já imposto ao crime, enfraquecendo lideranças e redes financeiras". O número de operações da Polícia Federal saltou, de acordo com o presidente, de 1.875, em 2022, para 3.393 em 2024. Em 2025, já são 2.922 até outubro.


Nas rodovias, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu 850 toneladas de drogas em 2024.

"Para sustentar esses avanços, o governo enviou ao Congresso o PL [projeto de lei] Antifacção, que endurece as penas e asfixia financeiramente as facções; e a PEC da Segurança Pública, que moderniza e integra as forças policiais, incorpora as Guardas Municipais e garante recursos permanentes para estados e municípios", acrescentou o presidente.

A fala, ainda que bem-intencionada, ignora um ponto essencial: o crime é organizado — e onde há organização, há sucessão.


Prender o líder pode desarticular momentaneamente, mas o subcomando assume quase de imediato. Facções como o Comando Vermelho, o PCC e outras já operam como verdadeiras empresas do crime, com estrutura hierárquica, logística e até divisão de tarefas.


Um exemplo disso foi a prisão de Rafael Xavier do Nascimento, de Santa Bárbara D’Oeste, que há anos fabricava e transportava fuzis para o CV sem despertar suspeitas. Isso mostra que a inteligência das facções vai além dos becos e vielas — está em redes de distribuição, contatos políticos e corrupção infiltrada.


O combate ao crime não pode ser apenas reativo. É preciso policiamento ativo, investigação profunda e depuração interna nas forças de segurança, com tolerância zero a qualquer vínculo com o crime. O verdadeiro inimigo não está apenas no morro — ele pode estar atrás de uma farda, um gabinete ou um contrato público.


Fonte: Agência Brasil


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