Mato Grosso do Sul se torna referência nacional em saneamento e já supera média do Brasil na cobertura de esgoto
- Fabio Sanches

- há 5 dias
- 3 min de leitura

Enquanto o Brasil ainda enfrenta grandes desafios para universalizar o saneamento básico, Mato Grosso do Sul desponta como exemplo de eficiência, planejamento e investimento contínuo. O Estado alcançou 72,34% de cobertura de esgoto, índice muito superior à média nacional, resultado direto do trabalho da Sanesul, que atua em 68 dos 79 municípios sul-mato-grossenses.
Além disso, MS já universalizou o abastecimento de água tratada, um marco histórico dentro do setor.
Investimentos acelerados e PPP impulsionam resultados
Os avanços são impulsionados pelas obras realizadas por meio da Parceria Público-Privada (PPP) com a empresa Ambiental MS Pantanal, que moderniza e amplia redes de coleta e tratamento de esgoto em todo o Estado.
De acordo com o governador Eduardo Riedel, a meta é ousada: antecipar em dois anos os objetivos do Marco Legal do Saneamento, que prevê:
99% de cobertura de água potável
90% de cobertura de esgotamento sanitário
O prazo nacional é 2033 — mas Mato Grosso do Sul planeja atingir esses índices até 2031.
O diretor-presidente da Sanesul, Renato Marcílio, afirma que o avanço é fruto de uma política pública consistente:
“O planejamento estratégico da Sanesul, aliado ao apoio do governador Eduardo Riedel, tem permitido acelerar obras e expandir redes em todo o Estado. Estamos no caminho para universalizar o esgotamento sanitário antes do prazo nacional, garantindo mais saúde, qualidade de vida e desenvolvimento sustentável para a população sul-mato-grossense”, destacou.
Enquanto isso, o Brasil anda devagar
O contraste com a realidade nacional é evidente. Segundo o estudo “Avanços do Marco Legal do Saneamento Básico no Brasil – 2025”, do Instituto Trata Brasil:
34 milhões de brasileiros ainda vivem sem água tratada;
Mais de 90 milhões não têm acesso à coleta e tratamento de esgoto;
O atendimento de água caiu de 83,6% (2019) para 83,1% (2023);
Coleta de esgoto subiu timidamente de 53,2% para 55,2%;
Tratamento de esgoto passou de 46,3% para 51,8%.
O instituto ressalta que o período de cinco anos desde o marco é curto para medir mudanças profundas, pois obras e licenciamento levam tempo. Ainda assim, os números mostram que o país está distante das metas de universalização.
Enquanto isso, Mato Grosso do Sul segue praticamente na direção oposta, com investimentos robustos, eficiência administrativa e metas antecipadas.
Municípios de MS com os melhores índices de cobertura de esgoto
A evolução do saneamento no Estado também se reflete nos municípios com altos índices de cobertura. Entre os destaques:
Brasilândia – 99%
Santa Rita do Pardo – 99%
Três Lagoas – 99%
Alcinópolis – 99%
Bonito – 99%
Caracol – 99%
Japorã – 99%
Laguna Carapã – 99%
Paranhos – 99%
Ponta Porã – 99%
Paranaíba – 99%
Outros municípios com índices acima de 90%:
Dourados (88,66%)
Ribas do Rio Pardo (91,92%)
Porto Murtinho (92,22%)
Tacuru (95,5%)
Antônio João (91,78%)
Angélica (94,13%)
Batayporã (98,27%)
Jateí (91,33%)
Novo Horizonte do Sul (94,35%)
Chapadão do Sul (92%)
Bodoquena (92,64%)
Dois Irmãos do Buriti (96,78%)
Um Estado que se torna modelo nacional
Com metas antecipadas, gestão eficiente e investimentos permanentes, Mato Grosso do Sul avança para se consolidar como referência absoluta em saneamento básico no Brasil — um setor fundamental para a saúde pública, o desenvolvimento sustentável e a qualidade de vida da população.
Revisado por Fábio Sanches












Comentários