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Comércio e serviços sustentam mais da metade do PIB de Mato Grosso do Sul, mas ainda recebem menos incentivos fiscais

  • Foto do escritor: Fabio Sanches
    Fabio Sanches
  • 4 de nov.
  • 2 min de leitura
Setor representa 54% da economia estadual e é o principal gerador de empregos, mas continua à sombra do agronegócio em políticas de estímulo.
Setor representa 54% da economia estadual e é o principal gerador de empregos, mas continua à sombra do agronegócio em políticas de estímulo.

O setor de comércio e serviços é o verdadeiro motor da economia de Mato Grosso do Sul, representando 54,31% do Produto Interno Bruto (PIB) estadual, segundo dados da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc). Apesar dessa força, o segmento continua sendo o “primo pobre” quando se trata de incentivos fiscais e apoio governamental.


Enquanto o agronegócio segue com ampla estrutura de benefícios e renúncias fiscais que somam R$ 2,16 bilhões previstos para 2026, o comércio e os serviços devem contar com apenas R$ 354,6 milhões em incentivos no mesmo período. A discrepância preocupa economistas e entidades empresariais, que alertam para o risco de estagnação de um setor que emprega mais de 400 mil pessoas no estado.

“O comércio e os serviços são a base da economia urbana. Eles geram empregos de forma descentralizada e mantêm as cidades vivas, mas muitas vezes não recebem o mesmo olhar estratégico que o agronegócio”, afirma o economista Rogério Santos, consultor da Federação do Comércio (Fecomércio-MS).

A força do setor que mais emprega

De acordo com dados do IBGE, mais de 70% dos empregos formais criados em Mato Grosso do Sul nos últimos cinco anos vieram do comércio, serviços e turismo. A expansão de shoppings, centros logísticos e pequenos negócios locais mostra o potencial de um segmento que resiste às variações econômicas.

“O comércio sul-mato-grossense tem mostrado resiliência. Mesmo durante períodos de crise, ele é o primeiro a se recuperar, justamente por estar ligado ao consumo cotidiano da população”, explica Santos.

Desafio de competitividade

Os empresários destacam que, sem incentivos proporcionais, o setor enfrenta dificuldades em inovação e digitalização, principalmente entre pequenas e médias empresas. A falta de linhas de crédito específicas, somada à alta carga tributária, limita investimentos e reduz margens de lucro.


A Fecomércio-MS propõe que parte dos recursos destinados ao agronegócio seja direcionada a programas de modernização comercial e capacitação de mão de obra, para manter o ritmo de crescimento.


O papel do governo

O governo estadual reconhece a importância do setor, mas defende que o modelo atual de incentivos reflete “a vocação produtiva de cada região”. Em nota, a Semadesc afirmou que está estudando novos programas de estímulo ao empreendedorismo urbano e crédito facilitado para micro e pequenas empresas.

“Nosso objetivo é equilibrar a matriz econômica de Mato Grosso do Sul. O comércio e os serviços precisam crescer junto com o agro e a indústria”, destacou o secretário Jaime Verruck.

Perspectivas para 2026

Analistas acreditam que o fortalecimento do comércio será decisivo para manter o ritmo de crescimento estadual. Com a digitalização das vendas, o avanço do turismo e o aumento do poder de compra da população, o setor tende a ganhar relevância estratégica nos próximos anos.

“Sem comércio forte, o dinheiro não circula e o desenvolvimento não chega às cidades médias. É hora de equilibrar o jogo”, conclui o economista Rogério Santos.

Fonte: Campo Grande News / Fecomércio-MS / IBGE / Semadesc

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