Chefe do tráfico ligado ao PCC, Tiago Paixão é preso em operação do Gaeco em Campo Grande
- Fabio Sanches

- 7 de nov.
- 2 min de leitura

A Operação Blindagem, que mirou organização criminosa ligada ao PCC (Primeiro Comando da Capital), tinha como alvo Tiago Paixão, líder do tráfico no Jardim Tijuca. Entre os presos, estão uma advogada e um militar do Exército. Foram cumpridos 35 mandados de prisão preventiva e 41 mandados de busca e apreensão.
Dez pessoas foram levadas para a delegacia, na manhã desta sexta-feira (7). Em 2023, Tiago Paixão Almeida foi denunciado pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) por participação no assassinato de Luiz Felipe da Silva e em outras duas tentativas de homicídio, ocorridas em março de 2021, no bairro Jardim Tijuca. Ele foi absolvido durante o Tribunal do Júri.
Tiago foi preso no edifício na Travessa Ana Vani, no Jardim dos Estados. De lá, os policiais levaram documentos. Armas, munições e dinheiro também foram apreendidos.
Foram cumpridos mandados em Campo Grande, Aquidauana, Sidrolândia, Jardim, Bonito, Ponta Porã e Corumbá, além de Porto Belo (SC), Balneário Piçarras (SC), Itanhaém (SP) e Birigui (SP).
A organização criminosa fazia o tráfico interestadual de entorpecentes, além de praticar corrupção ativa e passiva, usura, comércio ilegal de armas de fogo e lavagem de capitais. A estrutura era comandada de dentro de presídios e contava com uma rede de colaboradores em Campo Grande, Aquidauana, Anastácio, Corumbá, Jardim, Sidrolândia, Ponta Porã e Bonito, além de integrantes nos estados de São Paulo e Santa Catarina.
As investigações
As investigações, que duraram 25 meses, revelaram que a organização criminosa atuava em diversas frentes, enviando drogas para cidades do interior de Mato Grosso do Sul e para os estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia, Acre, Maranhão e Goiás, utilizando diferentes métodos. Destacam-se, dentre eles, a utilização de caminhões com fundo falso para garantir a ocultação dos entorpecentes, ao passo que, no compartimento de carga, transportavam produtos lícitos do gênero alimentício, acompanhados de nota fiscal, visando dificultar que órgãos de repressão descobrissem tal estratégia em eventual fiscalização nas estradas.
Além disso, o grupo realizava remessas por Sedex, utilizando os Correios, e também transportava drogas em veículos de passeio e utilitários, inclusive por meio de passageiros transportados em vans.
Organização ligada ao PCC
Foi descoberta a ligação do grupo com o PCC (Primeiro Comando da Capital), que fornecia suporte por meio de membros de sua alta cúpula, para ampliar o tráfico e aplicar punições violentas a quem estivesse em débito com o grupo criminoso. Nesse prisma, foram identificadas práticas de extorsão mediante uso de arma de fogo, violência e restrição da liberdade de vítimas, justamente para a obtenção do pagamento de dívidas oriundas do tráfico de drogas e da usura, outra prática levada a efeito pela organização em tela.
Fonte: Midiamax












Comentários