Alta histórica da Bolsa: otimismo real ou reflexo de um discurso conveniente?
- Fabio Sanches

- 9 de nov.
- 2 min de leitura

O Ibovespa ultrapassou 154 mil pontos, atingindo um recorde histórico e animando o mercado financeiro. Para alguns, o dado é um retrato de confiança. Mas para outros, é apenas o reflexo de um momento artificial, embalado por discursos políticos e fatores externos.
A economia global vive uma fase de instabilidade e especulação. O otimismo dos investidores brasileiros pode estar mais relacionado a promessas de reformas e injeções externas do que a uma melhora estrutural interna.
Por trás dos números, persistem os mesmos problemas: alta carga tributária, baixo poder de compra, juros elevados e informalidade crescente. A Bolsa sobe — mas a geladeira da população continua vazia.
O desafio é transformar o entusiasmo do mercado em crescimento real e sustentável, onde o sucesso não dependa apenas de manchetes, mas de medidas concretas que cheguem até quem realmente precisa sentir a economia girar.
Vejam os dados divulgados recentemente pelo Tesouro Nacional e pelo Banco Central. A dívida do Brasil é medida por diferentes métricas. Os dados mais recentes disponíveis (com referência a setembro de 2025) são:
Dívida Pública Federal (DPF): Alcançou R$ 8,079 trilhões. Este valor refere-se ao endividamento interno e externo do Governo Federal (Tesouro Nacional).
Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG): Correspondeu a 78,1% do Produto Interno Bruto (PIB). Esta métrica, compilada pelo Banco Central, inclui as dívidas dos governos federal, estaduais e municipais, além do Banco Central, e é a referência internacional para comparação.
Quando o mercado olhar atentamente a esses números, que hoje fazem questão de não serem divulgados, e observar atentamente ao tamanho dos gastos públicos desnecessários, a bolsa de valores volta a realidade de sempre.
Fonte: Agência Brasil












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