Zelensky pressiona por adesão da Ucrânia à União Europeia até 2030
- Fabio Sanches

- há 3 dias
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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, fez um apelo contundente nesta terça-feira (4) para que a União Europeia acelere o processo de adesão do país, com a meta de integração plena até 2030. O pedido foi feito após a Comissão Europeia publicar um relatório reconhecendo “progressos significativos” na implementação de reformas, mas apontando que ainda há desafios importantes — especialmente no combate à corrupção e na independência do Judiciário.
Durante um discurso em Kiev, Zelensky destacou que a adesão à UE representa “um sonho histórico e irreversível” para o povo ucraniano, que vem enfrentando há mais de três anos a invasão russa e suas consequências econômicas e sociais. “A Ucrânia já defende os valores europeus com o seu sangue. É justo que sejamos reconhecidos como parte plena da família europeia”, afirmou.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reconheceu os avanços de Kiev nas áreas de transparência, reformas administrativas e modernização do sistema político, mas alertou que o país ainda precisa fortalecer instituições anticorrupção e garantir estabilidade jurídica para investidores. Segundo ela, “a velocidade do processo dependerá da própria Ucrânia”.
Além da Ucrânia, a Moldávia também reiterou sua intenção de ingressar na União Europeia no mesmo horizonte temporal, formando uma frente comum de países do Leste Europeu em busca de maior integração com o bloco. A Alemanha e a França manifestaram apoio político ao avanço das negociações, mas pediram “prudência e critérios claros” no processo.
Especialistas avaliam que a eventual entrada da Ucrânia na União Europeia transformaria o equilíbrio geopolítico do continente, aproximando ainda mais o bloco das fronteiras russas e alterando políticas energéticas, comerciais e de defesa. O tema deve ser amplamente debatido na Cúpula Europeia de 2026, quando será avaliado o progresso das reformas e a viabilidade do cronograma proposto por Zelensky.
Fonte: The Guardian / Euronews / Reuters












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