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Negociação para fim de tarifas dos EUA depende de ofertas estratégicas do Brasil

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    Fabio Sanches
  • há 4 dias
  • 2 min de leitura
Governo brasileiro avalia que uma nova rodada de negociações para a redução das tarifas impostas pelos EUA só terá êxito mediante a apresentação de contrapartidas concretas
Governo brasileiro avalia que uma nova rodada de negociações para a redução das tarifas impostas pelos EUA só terá êxito mediante a apresentação de contrapartidas concretas

Governo Federal planeja utilizar reservas de terras raras e pautas digitais como trunfos para reverter cobrança de 40% sobre manufaturados


O governo brasileiro avalia que uma nova rodada de negociações para a redução das tarifas impostas pelos Estados Unidos só terá êxito mediante a apresentação de contrapartidas concretas. A administração federal busca reverter a sobretaxa de 40% que ainda incide sobre produtos manufaturados nacionais, afetando a competitividade da indústria brasileira e colocando milhares de empregos em risco.


Embora setores do agronegócio — como carne e café — já tenham conseguido a isenção da tarifa, a indústria de transformação continua penalizada, enfrentando desvantagem em relação a outros países que exportam para o mercado norte-americano com taxa zero.


Para destravar o diálogo e tornar o acordo atrativo para o governo de Donald Trump, o Brasil aposta em ativos estratégicos onde os Estados Unidos possuem déficit. O principal trunfo identificado pelo Palácio do Planalto são as terras raras. Estes minerais são essenciais para a produção de tecnologias de ponta, incluindo baterias elétricas. O Brasil, como um dos maiores detentores dessas reservas e referência no setor, pode oferecer o suprimento necessário para a cadeia produtiva norte-americana.


Além dos recursos minerais, o governo brasileiro estuda incluir na negociação pautas relacionadas à economia digital, especificamente envolvendo a regulação e implantação de Data Centers e a atuação das Big Techs.


Articulação diplomática

As tratativas estão sendo conduzidas pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. O objetivo é evitar uma escalada na crise diplomática e focar em pragmatismo econômico.


Há uma expectativa de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva viaje a Washington no próximo ano para um encontro com Trump na Casa Branca. A visita teria como foco central selar esses acordos comerciais, desde que o Brasil consiga apresentar um pacote de contrapartidas que justifique, aos olhos dos norte-americanos, a derrubada das barreiras tarifárias sobre a indústria nacional.


*Com informações de Igor Damasceno


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